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Doença na articulação atinge cães de médio e grande porte

A displasia coxofemoral, apesar de se manifestar predominantemente por razões genéticas e em cães grandes, pode se desenvolver em gatos e cães pequenos. É necessário ter atenção




A equipe que operou Ballu, da Clínica Veterinária de Olinda, com Filipe Tabosa, que divide os cuidados do pós-operatórios com a jornalista Maria Eugênia. Foto: Cristiane Silva/Esp DP/ DA Press (Cristiane Silva/Esp DP/ DA Press)
A equipe que operou Ballu, da Clínica Veterinária de Olinda, com Filipe Tabosa, que divide os cuidados do pós-operatórios com a jornalista Maria Eugênia.



Cães de médio e grande porte são enérgicos e ativos, ideais para donos que disponham de tempo livre e disposição para passeio e brincadeiras. Além dos estímulos para manter a saúde e qualidade de vida, estes cachorros precisam de cuidado especial, pois são mais propícios a desenvolverem uma anormalidade chamada de displasia coxofemoral.

O problema, predominantemente hereditário, causa desenvolvimento do esqueleto com mais rapidez que o desenvolvimento muscular. Apesar de ser mais comum em cães maiores, também se manifesta em cães de pequeno porte e gatos. A doença é geralmente diagnosticada quando os animais apresentam dificuldade e degeneração no encaixe entre a cabeça do fêmur e a concavidade da bacia. Os sintomas são variados e podem se manifestar de forma muito sutil - portanto, atenção é requisito essencial para seus donos.

A jornalista Maria Eugênia Nunes, 25, é dona de um Border Collie chamado Ballu. Com apenas 11 meses, o cãozinho já foi diagnosticado com um grau severo da doença. A prudência de Eugênia quanto ao comportamento de seu cão foi o que propiciou o diagnóstico. "Comecei a perceber que tinha alguma coisa errada por causa da forma estranha como ele sentava. Ballu tava caminhando normal, mas se sentava de uma forma muito esquisita".

Cães com displasia coxofemoral podem apresentar instabilidade ao caminhar e ao correr e dificuldades para saltar e subir escadas. Os animais também podem passar a mancar e a andar em um ritmo diferente, além de demonstrar dor em diferentes intensidades. "Foi só a postura que havia mudado nele. Cachorros dessa raça tem um porte muito particular e de repente ele começou a mudar. Mas não demonstrava dor".

Após a observação, ela pesquisou sobre os sintomas e logo se deparou com informações sobre a displasia. Resolveu levá-lo ao veterinário e a partir da realização de raio-x teve a anormalidade comprovada. "Descobri que era muito comum mas fiquei bem preocupada, já que apontaram que o caso estava em um grau bem grave. Conversei com três médicos veterinários e resolvi que o melhor seria optar pela cirurgia, como sugeriu um deles".

A recuperação da cirurgia em casos como o de Ballu é geralmente sem complicações. Foto: Cristiane Silva/ Esp DP/ D.A Press (Cristiane Silva/ Esp DP/ D.A Press)
A recuperação da cirurgia em casos como o de Ballu é geralmente sem complicações.



Ballu apresenta displasia bilateral e já realizou a cirurgia na pata direita. Na esquerda, apenas quando se recuperar completamente do primeiro procedimento. "Ele está bem. Tenta fazer as mesmas coisas de antes e sente dificuldades, mas está calmo. Tem sido medicado e vai usar uma roupa pós-cirurgica, que ajuda na recuperação". Eugênia divide os cuidados com Ballu com seu namorado, o fisioterapeuta Filipe Tabosa, que costuma levar o cãozinho às visitas médicas do pós-operatório.

A veterinária Andréia Cruz, sócia da Clínica Veterinária de Olinda, foi quem realizou a cirurgia em Ballu. Ela explica que a displasia é comum enquanto doença genética, mas que também pode ser desenvolvida a partir de características adquiridas no crescimento do animal. "Cães que tenham peso em excesso, que foram criados em piso liso, de grande porte mas que vivem em local muito pequeno, podem acabar sobrecarregando a articulação e desenvolvendo displasia. E isso é muito prejudicial porque essa parte do corpo é uma engrenagem perfeita. É a partir daí que o animal pode abrir e fechar a perna, sentar e caminhar. Quando o animal não tem um bom encaixe, isso causa dor e até degeneração, dificuldades para se locomover e mudanças de comportamento".

A alteração na forma de agir pode se manifestar em agressividade ou quietude repentina. O incômodo e as dores não tratados podem impedir o animal a cumprir sua rotina e acentuar o grau da doença.

Existem vários níveis da displasia coxofemoral. Ballu realizou a cirurgia porque apresentava sintomas e degeneração avançada, mas outros cães diagnosticados podem evitar o procedimento. Andreia Cruz conta que mesmo quando o diagnóstico é comprovado a partir de radiografias, se o animal for assintomático é possível tratá-lo com medicamentos para a articulação e dieta de perda de peso.

"Mas muito que é feito é apenas paliativo. Há casos em que não é preciso aguardar, porque os procedimentos paliativos vão resultar apenas no adiamento de uma cirurgia mais definitiva". Apesar da prática ser considerada invasiva - há casos, como o de Ballu, em que é necessário a retirada completa da articulação - a recuperação costuma ser boa e a adaptação a uma nova forma de se locomover também.

Serviço
Clínica Veterinária de Olinda
Av. José Augusto Moreira, 489 - Casa Caiada, Olinda/PE
(81) 3431-3743


Fonte: Pernambuco.com
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