Dar comida, trocar a água e passear são as funções básicas do profissional
A pet sitter tem, no total, dez clientes permanentes, além dos que contratam nas férias e feriados
Não é sempre que os animais de estimação têm lugar reservado no carro do dono, não é mesmo? Por isso, quando precisa viajar a negócios ou quer se divertir longe da cidade onde mora, a dona de casa Elza Casassa Sales, de 45 anos, contrata uma babá de animais (também conhecida como pet sitter ou, ainda, nanny"s dog) para cuidar do lhasa apso Simon e do vira-lata Nero, de 2 e 3 anos. A babá assume toda a responsabilidade pela saúde e bem estar dos bichinhos e pelo local onde eles vivem.
Ela vai até a casa de Elza para dar comida, trocar a água do recipiente, passear com os dois e, quando há necessidade, levá-los ao veterinário. Se o cômodo onde Simon e Nero ficam está sujo, é a babá quem realiza a limpeza. "E eu não preciso me preocupar, pois já nos conhecemos e eu sei que ela se preocupa de verdade com os animais", ressalta a dona de casa, mãe de um casal de 15 e 19 anos.
O serviço vem ganhando um número cada vez maior de adeptos no País e no mundo: tanto por parte de quem procura um lugar para deixar os bichos ou uma pessoa para cuidar deles em casa, quanto de quem quer ganhar dinheiro cuidando deles. Afinal, a alternativa pode sair até 40% mais em conta do que os tradicionais hotéis para cachorros e gatos.
Com a professora de Educação Física, Ana Paula Figueiredo Garcia, funciona desta forma há cinco anos. A ideia veio dos Estados Unidos, onde a sorocabana morou durante três anos cuidando de cachorros. "Aqui no Brasil, a opção veio também pelo fato de que lecionar me estressa muito e eu precisava fazer algo que me desse prazer", explica. Quem gosta de animais, acredita ela, já nasce com este sentimento. "O amor de um animal é o mais puro e sincero que você pode imaginar", continua.
Ana Paula tem dois lhasa apsos em casa, Lilica e Scooby, resgatados das ruas à beira da morte, mas passa mais tempo com outros cães e gatos da vizinhança. No total, são dez clientes permanentes, além daqueles que só contratam os seus serviços durante as férias, feriados ou datas comemorativas. Antes de fechar negócio, no entanto, a babá procura conhecer (e avaliar) o animal e os seus hábitos para evitar problemas futuros.
Uma vez contratada, a professora vai até a casa do cliente, limpa e higieniza o ambiente do animal se for necessário, troca a sua água, coloca ração de acordo com os costumes dele e o leva para passear, pelo menos, duas vezes por dia. "Não há dificuldade nenhuma para mim, porque amo o que faço", confessa. Quando o dono está fora, Ana Paula procura trocar telefones com ele e estar sempre conectada no Facebook e no Skype para encontrá-lo mais facilmente em casos de emergência.
A golden retriever Betina, de 3 anos, já está nas mãos da babá desde que era um simples filhotinho. Além dos períodos de viagem (seja a trabalho ou como forma de lazer), a dona, Erica Pistori Pássaro, procura a profissional sempre que tem algum compromisso e percebe que vai chegar tarde em casa. "Geralmente, peço para ela dar umas voltas com a Betina", explica a dentista, de 40 anos. A própria Erica, mãe de um menino de 4 anos, mal tem tempo para passear com a cadela e, quando tem, são poucos minutos de diversão aos sábados e domingos.
Cada visita da babá custa, em média, R$ 40 por dia à dentista. Mas, de acordo com ela, nenhum valor paga a sensação de saber que Betina está segura e sendo bem cuidada por uma pessoa de confiança durante os momentos de ausência da família. "Ela não pode ver a babá que fica enlouquecida, começa a pular e latir sem parar." O custo do serviço varia de acordo com o local onde o cliente reside. "O valor que faturo no final do mês também vai depender dos feriados existentes em cada um", comenta Ana Paula. Para contratá-la, entre em contato pelo e-mail apa31@msn.com ou pelos telefones (15) 3329-5433 e 8148-3644.
Fonte: Ana Paula Yabiku Gonçalves
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