Compra de cachorro exige precauções
Além da raça, cor ou tamanho do futuro melhor amigo, é preciso saber o estado do animal e ter certeza que não foi roubado
Walquiria de Andrade com Sushi no colo, um shitzu de 4 anos;
condição para a compra foi a existência de pedigree (Foto: F.L.Piton/A
Cidade)
No início do mês, uma quadrilha roubou 29 cães das raças maltês, shitzu e spitz alemão de um canil de Ribeirão Preto. Segundo a Polícia Civil, um dos bandidos é ex-funcionário de uma loja de animais da cidade. A suspeita da polícia é de que os criminosos tentariam vender os cachorros a lojas especializadas.
Walquiria de Andrade, de 26 anos, comprou o Sushi, da raça shitzu, de 4 anos, em uma pet shop e fez questão de escolher um animal com pedigree. “Queria ter a certeza de que era shitzu, sem mistura com outra raça”, diz.
O pedigree não é uma garantia de que o comprador não está sendo enganado. No entanto, segundo o advogado e diretor executivo do Kennel Club de Ribeirão Preto (KCRP), André Alves Fontes Teixeira, o documento pode dar indícios da procedência do animal.
“O pedigree é o RG do cão. Nesse documento consta a raça do cão, as cores do animal, data de nascimento, além dos ascendentes do cão, um número de RG e, facultativamente, o número do microchip. O cão adquirido deve ser entregue com o protocolo indicando que tem pedigree em processamento ou mesmo do pedigree, que deve em seu verso ser assinado pelo proprietário, para se transferir a propriedade ao novo comprador”, explica André.
Segundo o advogado, o microchip não é obrigatório, mas é um instrumento importante para verificar os dados do cachorro e rastreá-lo.
“Um cão com pedigree e microchip, anotado naquele, não pode se passar por outro, uma vez que é possível identificá-lo, se vinculado a um banco de dados. O microchip, ainda, penso que seria um importante instrumento contra abandono de cães, inclusive, para constatar maus tratos, pois seria possível identificar qualquer animal, se cadastrado a um banco de dados”.
O microchip é injetado embaixo da pele do animal. A Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) mantém um banco de dados.
Ladrões levaram 29 cachorros de canil em Ribeirão
No dia 3, dois homens renderam as proprietárias de um canil de Ribeirão Preto, e levaram sete cães. No dia seguinte, levaram outros 22. As câmeras de segurança do canil filmaram a ação.
Um suspeito foi identificado. Segundo a Polícia Civil, o homem trabalhava em uma pet shop de Ribeirão Preto e já tem passagem na polícia por roubo. Porém, ninguém foi preso.
No dia 6, a polícia encontrou dez cachorros que foram roubados. Os animais estavam dentro de um carro, na região do Ribeirão Verde. No dia 9, outros três foram recuperados. Eles estavam abandonados no assentamento Fazenda da Barra.
Fonte: Jornal A Cidade
- Jacqueline Pioli
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