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"NÃO BASTA AMAR, TEM QUE CUIDAR"

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Vira-latas : Mitos e verdades






O cachorros de rua são mais resistentes a doenças? São mais carinhosos? Necessitam de menos cuidados? Em busca destas e de outras respostas, conversamos com profissionais para entender melhor a vida desses animais que tanto amamos. (foto: Pixabay/Creative Commons)


Nem o ser humano mais durão consegue resistir aos encantos de um vira-lata (caso você faça parte dessa exceção, recomendo encerrar esta leitura e tirar seu coração gelado do freezer). Inteligentes, espertos (já viu como eles atravessam as ruas?), rústicos e amigáveis, eles são quase uma versão canina do estereótipo de um malandro das ruas.

Mas, entre tantas características, o que de fato é verdade? Eles são mais resistentes a doenças? São mais carinhosos? Necessitam de menos cuidados? Em busca destas e de outras respostas, conversamos com profissionais para entender melhor a vida desses animais que tanto amamos.

São mais resistentes a doenças
Em partes – Os animais que sobrevivem abandonados são, de fato, mais resistentes. “Isto porque no ambiente de rua, os cães que ficam doentes ou se machucam acabam morrendo por falta de cuidados básicos de saúde, vacinação e prevenção. Assim, há uma seleção natural e os mais aptos a sobreviver num contexto assim conseguem perpetuar sua genética para as próximas gerações”, explica o zootecnista especialista em comportamento animal, Renato Zanetti. Contudo, isso não se aplica ao cão SRD (sem raça definida) que já esteja inserido em um contexto familiar humano.

Um dos mitos relacionados aos cães de rua é que comem qualquer coisa. Como a gente, eles precisam de uma alimentação balanceada. (foto: Fabiana Bertagnolli)


Comem qualquer coisa
Mito – Independentemente da raça, a alimentação do cão deve ser balanceada e suprir todas as suas necessidades. “A escolha da alimentação de qualquer animal deve ser feita junto ao médico veterinário que vai levar em consideração os aspectos nutricionais necessários para prevenir e manter o animal saudável”, afirma a médica-veterinária da PetSociety, Sálua Carolina Cataneo. “É possível substituir a ração por alimentação feita em casa, desde que seja balanceada, nutritiva e sob orientação de um zootecnista, que é o profissional mais habilitado para lidar com a nutrição animal”, completa Zanetti.

Gasta-se menos
Mito – Não há distinção entre cães de raças e cães SRD quanto à rotina médica e cuidados, diz Zanetti. “Os banhos podem ser semanais ou quinzenais dependendo da pelagem e da pele desse animal. A visita frequente ao veterinário é importante para prevenir e manter o animal saudável, que pode acontecer a cada dois ou três meses”, orienta Sálua.

Vivem mais tempo
Mito – Não há dados estatísticos que garantam que cães SRDs vivem mais quando comparados com cães de raça, afirma o zootecnista. Contudo, existe uma percepção de que eles vivem mais por conta da seleção natural dos animais sobreviventes na ruas. “Os mais aptos a sobreviver num contexto assim, conseguem perpetuar sua genética para as próximas gerações”, diz Zanetti. “Sendo de raça ou SRD o mais importante é cuidar todos os dias com amor e carinho e o mais importante com responsabilidade sobre essa vida”, completa Sálua.

Herdam o comportamento de pais agressivos
Em partes – “O temperamento dos animais vira-latas tem a ver com o DNA, mas também com a maneira como viveram antes de serem adotados. Todo comportamento pode ser adestrado e condicionado com o profissional adequado”, explica Sálua. De acordo com Zanetti, três fatores influenciam o comportamento de um cão: genética, ambiente e aprendizagem. “Há vira-lata que pode morder. Como há uma série de cães com raça que também mordem. Cientificamente, é um erro falar em ‘raças agressivas’. O correto é ‘comportamento agressivo’”, completa.

Os animais que sobrevivem abandonados são, de fato, mais resistentes. Há uma seleção natural e os mais aptos a sobreviver num contexto assim conseguem perpetuar sua genética para as próximas gerações. (foto: Pixabay/Creative Commons)


É preciso conhecer o cão antes de adotá-lo
Verdade – Ao adotar um cão SRD o tutor deve observar se o seu comportamento está de acordo com o perfil da família humana (mais ativa, agitada ou calma). “Observe o comportamento dele, se ele se dá bem com outros animais, se ele vem perto, se ele é medroso ou se é agressivo. Um momento a sós é tudo que o tutor precisa para se apaixonar por essa que é sem dúvida uma das melhores escolhas para um melhor amigo”, considera a médica-veterinária.

Cada SRD tem uma personalidade diferente
Verdade – Muitos cães são devolvidos ou abandonados por terem sido adotados no calor da emoção, comenta o zootecnista. “Nem sempre o animal de uma raça conhecida como agressiva é realmente agressivo, isso tem muito mais a ver com o adestramento que foi feito para esse animal”, explica Sáulia.

Essa diferença de comportamento é observada diariamente na casa da enfermeira Juliana Amaral, tutora do Dinho (SRD) e do Zeca (lhasa apso). “O Dinho é mais ciumento com a gente, carente e extremamente ‘feliz’. Já o Zeca é mais independente, não gosta de ser contrariado e dividir os brinquedos. O Dinho é obediente, o Zeca ignora regras”, revela. Embora diferentes, o carinho e dedicação a ambo é o mesmo, admite Juliana.

“Adotar um cão é um enorme sinal de amor. Mas, mais amor ainda, é garantir uma vida digna para ele. A adoção responsável é importante para a vida emocional deste cão”, finaliza Zanetti.

Fonte: Redação Vida e Estilo

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