Belinha conviveu durante 18 anos com Sabrina, uma gata com uma mistura de persa com angorá
Assim como os seres humanos que sorriem, choram, ficam felizes e tristes, algumas pesquisas indicam que os animais também podem ter sentimentos.
Prova de que o amor existe tanto por parte dos animais quanto das pessoas, está na história da auxiliar operacional, Sabrina Santos, 28 anos. Durante 18 anos, Sabrina teve a oportunidade de aprender, demonstrar afeto e se divertir com a gata Belinha, até ela falecer em função de um tumor e, também, da idade. 'Ela participou de muitos momentos da minha vida. Quando eu adotei a Belinha ela escondeu e não quis ir junto, mas, mesmo assim, acabei pegando e levando para casa, até por esse fato', relembra.
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Dingo e Munika são, agora, os novos companheiros de Sabrina
A característica de ser tímida acompanhou Belinha a vida inteira. Sabrina conta que quando alguém que não era da família chegava em casa, ela se escondia e nem 'dava as caras'. 'Mas quando a gente chegava em casa, ela sempre aparecia, como se fosse a rainha', complementa.
Apesar da timidez, Belinha era uma gata muio carinhosa com todos da casa: 'A gente até brincava que ensinava ela a 'dar cheirinho', porque quando a gente chegava e a Belinha queria chamar atenção, ela se aproximava, a gente abaixava a cabeça e ela fazia um carinho, o que recebeu o nome de cheirinho'. Além disso, Sabrina comenta que quando a gata ficava braba, como forma de mostrar que não havia gostado de alguma coisa, ficava de costas para todos. 'Como se ela quisesse dizer 'não quero conversar com vocês'', observa.
Novos companheiros
Há alguns meses, a mãe de Sabrina adotou uma outra gata, a Munika e, um mês depois dessa adoção, a dinda da jovem a presenteou com o Dingo, um gato siamês. Munika tem apenas dez meses e o Dingo, nove. 'Eles são uma novidade para nós todos os dias, principalmente na parte das brincadeiras', acrescenta.
Sabrina comenta que quando o Dingo entrou na família, Munika teve dificuldade de aceitá-lo, devido ao ciúmes. 'Eles são bem afetuosos com a gente. A gatinha se identifica mais com a mãe e o Dingo mais comigo. A gente percebe isso principalmente quando eles vão dormir, porque cada um vai para um lado', conta.
Palavra
do profissional
O médico veterinário Luciano Frozza explica que não há como precisar qual animal é mais sentimental. Estudos se baseiam mais em inteligência do que em sentimentos. Na lista de inteligentes, além dos primatas, se destacam o porco, o corvo, o polvo, golfinhos e elefantes.
Quando chega um novo animal no lar, os cães, por exemplo, tendem a ficar com ciúmes, mas isso pode ser por motivos de territorialidade: 'O cão não quer dividir seu espaço, porém, também não quer dividir o dono com mais ninguém'.
O medo também é um sentimento forte entre os animais. 'Cachorros sentem medo de apanhar na rua, por exemplo, e gatos sentem medo dos predadores.'
Quanto aos cães, sentimentos como o estresse, que fazem parte da vida dos seres humanos, também afetam esses animais. Uma das melhores formas para diminuir o estresse canino é socializar os animais com outros por meio de passeios. Outra forma de cuidado recomendado para cães que estão abalados emocionalmente é a terapia alopática. Desta maneira, o dono pode procurar um médico veterinário para averiguar o melhor tipo de tratamento.
Morte
por tristeza?
Luciano Frozza ressalta que quando uma pessoa falece e, mais tarde, o animal de estimação inseparável morre também, isso pode ocorrer porque, em determinados casos, as pessoas humanizam demais o animal. 'Fica estabelecida uma relação de dependência perigosa que chamamos de dependência emocional. Tanto que, à nossa ausência, ele entra num estado de abandono', explica.
Há cães que ficam, devido ao ocorrido, violentos e mordem os outros moradores da casa. Como também há aqueles que se deprimem e não comem. A fraqueza acarreta o aparecimento de patologias que podem levar à morte.
No caso de morte de um dono ou outro animal de estimação, normalmente a introdução de um novo mascote na casa já pode ajudar a superar, de alguma forma, a perda.
Fonte:: Kethlin Meurer
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