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Alimentação saudável:Petshop 'natureba' tem refeições congeladas e até acupuntura para cães e gatos


Durante 13 anos,Fabiana Barruffini,trabalhou no mercado financeiro,tirou um sabático(parada estratégica na carreira), e não voltou mais. Abriu uma loja que quer levar alimentação saudável para os pets.

Fabiana Barruffini, dona da MOM (Foto: Christian Castanho)



Fabiana Barruffini tem sete cachorros. Cinco moram em seu sítio, no sul de Minas Gerais, e outros dois vivem com ela em São Paulo. Apesar do carinho pelos bichos, ela nunca tinha pensado em se dedicar a eles como profissão. Fabiana é engenheira mecânica por formação e trabalhou durante 13 anos no mercado financeiro, principalmente com fusões e aquisições e emissão de ações. “Eu gostava, mas é um trabalho que não tem dia, não tem hora, e com os anos isso vai cansando”, afirma.
Fachada da loja, feita com mangueiras de plástico para imitar pelos (Foto: Divulgação)
 



Um pouco por acaso, após um susto com um de seus cachorros, Fabiana acabou descobrindo uma filosofia natureba para pets e decidiu transformar a ideia em um negócio próprio. Ela criou o MOM, um petshop inaugurado no final do ano passado, em São Paulo, que oferece produtos e serviços pouco tradicionais.
Já ouviu falar sobre comida congelada 100% natural e sem conservantes para cachorros? Ela vende. Osso de boi in natura para roer? Tem também. Roupas de algodão, remédio contra pulgas à base de plantas, biscoito orgânico, lacinhos de enfeite tingidos com corantes naturais… estão todos nas prateleiras. Seus fornecedores são escolhidos a dedo, com o objetivo de atender à proposta da loja.
A equipe que atende os animais também é diferenciada. Uma veterinária especializada em nutrição, uma acupunturista e uma clínica geral fazem o atendimento médico. Na hora do banho (dado com shampoo natural) há um espaço totalmente separado para cachorros e gatos. O segundo, inclusive, conta com um spray de feromônio que acalma os felinos na hora da ducha, iniciativa que está conquistando muitos clientes.


Fabiana e seus cães (o maior foi quem teve alergia) (Foto: Christian Castanho)
 


Um sabático, um susto e um estalo
No início de 2012, após um período se questionando sobre o futuro de sua carreira, Fabiana decidiu tirar um sabático. Viajou alguns dias e mudou-se para o seu sítio para descansar e fazer planos. Em agosto, voltou a conversar com algumas empresas, mas nenhuma das propostas para retornar à área financeira a deixou animada. Durante um jantar com alguns amigos, veio a sugestão: por que não abrir um negócio próprio? “Eu sempre tive vontade de abrir alguma coisa, mas nunca tive uma ideia pela qual me apaixonasse”, conta.
Durante o sabático, Bento, um de seus cachorros da raça bernese, teve um problema de saúde. Uma reação alérgica à vacina de leishmaniose o deixou inchado, com queda de pelos e abatido. Alguns meses se passaram sem que ele apresentasse uma melhora definitiva. Fabiana começou a buscar tratamentos alternativos e descobriu o blog de uma veterinária que defendia uma alimentação natural para os cães. Isto é, menos ração industrializada e mais comida de verdade. Ela resolveu experimentar e, em 15 dias de dieta, o bicho “renasceu das cinzas”, na definição da própria dona.
“Marquei uma consulta com a dra. Sylvia [Angélico, dona do blog], comecei a comprar livros na Amazon sobre alimentação natural e pesquisar o que havia sobre o assunto nos Estados Unidos e na Europa. Achei que essa era uma boa ideia. Então, no começo de 2013, passei algumas semanas na Califórnia para pesquisar o mercado e quando voltei tinha a proposta do negócio”, lembra Fabiana.
Foi assim que surgiu o conceito da MOM. “Queria algo com foco em alimentação natural, mas de um jeito prático. E queria que fosse um lugar agradável, no qual as pessoas quisessem passar um tempo”, diz. Sylvia, inclusive, foi convidada para o projeto e hoje é uma das profissionais que atendem no petshop, por R$ 150 reais a consulta.


Fabiana ajudou o artesão dos arranhadores para gatos a abrir uma empresa (Foto: Christian Castanho)




Fabiana passou quase um semestre montando o negócio, elaborando o business plan, procurando o imóvel certo e trabalhando com arquitetos. Ela também contratou uma consultoria para ajudá-la nesse processo. Só de pesquisa de fornecedores, foram quase três meses até encontrar o portfólio ideal. Atualmente, ela trabalha com cerca de 35 empresas. No total, ela investiu um pouco mais de R$ 500 mil para tirar a MOM do papel.
A parte mais difícil, segundo ela, foram os fornecedores. “O setor é muito complicado, tem muita coisa amadora. As pessoas achavam estranho a gente exigir nota fiscal. Um deles, que faz os arranhadores para gato, inclusive ajudamos a abrir empresa, porque os produtos são incríveis e a gente queria de qualquer jeito, mas ele tinha um negócio totalmente informal.”
Filosofia
A ideia do petshop é oferecer os produtos e tratamentos mais naturais possíveis. Fabiana defende com veemência que rações industrializadas não são o melhor alimento para cães e gatos. Segundo ela, apesar de serem balanceadas em termos de nutrientes, possuem conservantes e não são alimentos frescos. “Nem nós comemos industrializados em todas as refeições, porque para os bichos não faria mal?”, provoca.


Ossos bovinos vendidos na MOM (Foto: Christian Castanho)
 


Claro que para oferecer comida natural mesmo, só comprando carne no açougue e cozinhando legumes em casa. Mas Fabiana quer facilitar a vida desses donos: há empresas brasileiras especializadas em alimentação saudável para cachorro e gato e seus produtos são vendidos na MOM.
Entre as opções, porções congeladas, que podem ser de frango, carne ou cordeiro. Há também enlatados sem conservantes e petiscos liofilizados (processo que seca a comida para dispensar o uso de conservantes). Os ossos para roer são 100% naturais: são tirados direto do boi e não passam por nenhum processo de clareamento - por isso a aparência pode ser um pouco estranha.
Fabiana admite que a demanda por esse tipo de produto ainda é pequena e que as pessoas que visitam o petshop muitas vezes precisam ser apresentadas às novidades. “Não espero converter as pessoas de um dia para o outro sobre alimentação natural. Mesmo comigo não foi assim. Há um trabalho de conscientização. Mas temos atraído muitos clientes por causa do que oferecemos e um movimento maior do que o esperado nesses primeiros meses”, conta. Ela também sabe que o custo de trocar uma ração por alimentação natural, especialmente produtos prontos, não é pequeno, mas acredita que a busca por essa alternativa tem muito espaço para crescer.

Atrás, o espaço de banho separado para cães e gatos e, na frente, o lounge com os livros e alimentos (Foto: Christian Castanho)
As caminhas na loja são feitas  com tecidos sem teflon, que segundo Fabiana pode ser tóxico ao longo do tempo (Foto: Christian Castanho)
 

Fonte:  POR MARCELA BOURROUL
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