Terapia para cães trata insegurança e medo no melhor amigo do homem
Hoje
tranquilos, Téo e Maitê, da raça West Highland White Terrier, até posam
para a foto depois que a psicologia entrou na rotina da casa. (Fotos:
Cleber Gellio)
Insegurança,
medo e ansiedade também cercam o psicológico no mundo canino. Mercado
ainda tímido em Campo Grande, as terapias vem chegando aos poucos para
mostrar que o emocional dos bichinhos também merece atenção. O melhor
amigo do homem está sujeito ao mesmo estresse da rotina que o dono e os
sintomas podem ser sentidos nos móveis e sapatos roídos ou no xixi fora
de ordem pela casa.
Os
problemas psicológicos não resolvidos no divã criaram as terapias
voltadas às quatro patas. Massoterapia, ofurô, acupuntura e o psicólogo
de cão, profissão de Antônio Moreira há sete anos. O adestrador fala que
os sinais como cavar buracos no jardim, roer objetos e mobília e
principalmente usar sofá, travesseiro e cama dos donos como banheiro são
anúncios claros do desvio de comportamento e indícios de que as coisas
entre animal e homem não vão muito bem.
A
causa, segundo o adestrador, pode ser reflexo do nosso comportamento
diante das quatro patinhas. "Hoje em dia as pessoas não estão dando
conta de criar filho, imagina cachorro? Às vezes se mora em apartamento
pequeno, o cão não tem companhia, não se exercita", atribui Antônio, que
profissionalmente se apresenta como Toni Cão.
A
psicologia aplicada no adestramento vai justamente trabalhar o
comportamento canino. "A gente vai ver o que está acontecendo, faz uma
avaliação dos donos quando eles estão em casa, o horário que têm para o
cachorro e que tipo de animal eles têm", afirma.
O
tratamento é feito em conjunto, com acupuntura, castração, tratamentos
florais, homeopatia, passeios e adestramento. Toni sustenta que adestrar
os cães inclui ensinar comandos para situações de ansiedade e que
exijam autocontrole, por exemplo. "Faz ele deitar, solta um bife como petisco
ou um brinquedo na frente dele. Você se afasta, mas ele vai ficar
namorando e não pode pegar até que você autorize. Nisso ele vai
trabalhando o autocontrole", resume.
Dona
de um casal de cães da raça West Highland White Terrier, Teresa
Cristina Pinto Teixeira, conta que agora há tranquilidade em casa,
depois que o adestramento e a psicologia entraram na rotina dos
cachorros. "Eles são absolutamente hiperativos. São cães de caça, o
macho só queria saber de morder e subir na gente o tempo todo", recorda.
O adestramento ensinou com que eles segurassem a energia excessiva.
"Hoje
eles brincam entre si e acabam não fazendo tanta bagunça. O adestrador
ensinou o senta, deita, rola. Antes ninguém aguentava passear com eles,
agora os dois obedecem ordens e se acalmaram", alega.
Médica
veterinária de uma clínica especializada em tratamentos que seguem a
linha oriental, Rosana Antunes Estrada, vê que os serviços aos poucos
vêm sendo procurados para tratar do comportamento. Na clínica Zhenvet
ela oferece acupuntura, massoterapia e até ofurô em conjunto com o
manejo, que nada mais é do que praticar condicionamento com os cães em
casa.
O ofurô, banho terapêutico
trabalha toda a parte emocional do cão. Com sais relaxantes e
energizantes, iguais aos voltados para nós, os bichinhos também se
tranquilizam na água morna. Alguns chegam até a dormir, garante Rosana.
“Durante o banho vai fazendo a massagem no corpo do animal junto com os
sais”, completa.
A massoterapia pode
ser feita tanto na clínica quanto em domicílio e consiste em massagem
com óleos especiais. O preço de tais ‘luxos’ aos cães custam a partir de
R$ 50.
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