Delegacia de Furtos e Roubos investiga casos nas Mercês e na CIC. População denuncia que animais são trocados por drogas
Muitos dos casos relatados acontecem quando o dono e animal estão passeando (foto: Valquir Aureliano)
De acordo com Souza, há duas linhas de investigação. Uma deles seria que, devido ao fato dos animais de raça menor — especialmente yorkshires — serem pequenos e dóceis, seria mais fácil de roubá-los para depois revendê-los como filhotes. O dinheiro serviria para a compra de droga. Outra hipótese avaliada é a possibilidade de que os animais estejam sendo usados por viciados para trocar por droga. O traficante aceitaria o animal como forma de pagamento e depois o revenderia ao mercado por valores mais baixos.
De acordo com o delegado, em julho deste ano um cachorro da raça poodle foi roubado e trocado por três pedras de crack em Curitiba. A mulher que estava com o animal exigiu R$ 100 para devolvê-lo para a dona.
Segundo uma pesquisa realizada na internet, um filhote de yorkshire custa entre R$ 800 a R$ 3 mil. Por ser bastante pequeno e dócil, os animais da raça são bastante procurados para servirem de companhia para crianças ou para pessoas que moram em apartamentos.
Um dos últimos casos ocorreu no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), quando dois jovens agrediram e roubaram o pequeno Luc de Salvador Iran Ferreira, 78 anos. “Eles estavam me seguido há alguns dias. Passavam por mim e me chamavam de velho, me diziam para eu tomar cuidado com o meu cachorro, mas eu nem imaginava que eles iriam levar meu animal”, disse.
Ferreira relata que na última segunda-feira, quando passeava com Luc, dois jovens saltaram de dentro de um carro e levaram o cão. “Eu estava com a guia enrolada na mão e ainda tentei evitar que eles levassem meu cachorro. Aí me deram com o pé no peito e quando cai, levaram o Luc”, conta.
Segundo Ferreira, na região da CIC houve outros três ou quatro casos de roubos de cães. De acordo com as informações de moradores da Cidade Industrial de Curitiba, os ladrões estariam roubando os animais na região para trocá-los por drogas ou venderem por R$ 100 ou R$ 200.
Fonte: Ana Ehlert
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