Cães precisam receber orientações dos limites entre certo e errado desde filhotes.Latidos
sem parar, objetos e móveis dilacerados, xixi e cocô no meio da casa.
Cães de comportamento instável podem trazer muita dor de cabeça - e
trabalheira! - para os donos. Para entender melhor os sinais dos peludos
e resolver problemas de desobediência, os tutores podem usar a “terapia
canina” a seu favor.
Não são poucos os profissionais que se dedicam a estudar o
comportamento animal e os métodos para melhorar o convívio com os
humanos. No caso dos bichos domésticos, especialistas acreditam que
bastam poucos dias de erro na forma de lidar com os peludos para
comprometer uma relação entre o mascote e seu dono. Ou seja, tal como as
pessoas, os pets precisam receber orientações dos limites entre certo e
errado desde filhotes. E é importante saber como se fazer entender pelo
cão logo cedo.“Um cão equilibrado não busca válvulas de escape para ansiedade, frustrações, conflitos e medos, que são, via de regra, os geradores do mau comportamento. Quando o tutor aprende como funciona a cabeça do seu amigo, ele pode satisfazer suas necessidades caninas em todos os aspectos”, diz o terapeuta de cães Bruno Leite, dono de uma empresa que presta serviços no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Há dois tipos de terapia: a preventiva e a de reabilitação. Geralmente, o tratamento mais comum acontece em casa mesmo. É importante que o bichinho aproveite para testar limites no seu espaço do dia a dia e que os tutores participem de todo o aprendizado, para acompanhar o processo de mudança de hábitos. Não se engane: os responsáveis pelo pet são o principal canal para o treinamento do mascote, e também terão de se adaptar a uma nova rotina!
Algumas consultorias também oferecem sessões em colônias especiais para os cãezinhos, onde eles convivem com outros mascotes, em uma espécie de “retiro canino”. Nessas situações, os cachorros participam de atividades lúdicas, que servem, principalmente, para aqueles casos de cães com problemas de relacionamento.
Em média, uma consulta pode sair por R$ 90, mas os especialistas da área recomendam que os animais passem por mais sessões. Alguns terapeutas fecham pacotes de até 10 ou 12 encontros. No entanto, antes de sair contratando o serviço é preciso avaliar a necessidade e a intensidade do tratamento.
“O ideal é buscar um atendimento clínico, em serviços de referência, que possa examinar o animal e orientar sobre quais medidas deverão ser tomadas para o problema apresentado”, recomenda a médica veterinária Ceres Faraco, que é diretora do Instituto de Saúde e Psicologia Animal.
Para Ceres, é importante que os tutores busquem informações sobre os comportamentos típicos da espécie de seu cãozinho. Além, é claro, de sempre se manterem informados sobre a educação dos pets. A veterinária também alerta para a seleção do terapeuta.
“Embora muitos se denominem desta maneira, uma parcela menor tem formação para atuar nesta área. Um dos aspectos importantes é compreender que o envolvimento de veterinários é prioritário, pois é essencial avaliar qual a magnitude dos fatores biológicos na manifestação de comportamentos preocupantes”, diz.
Ou seja: antes de pensar em problemas de aprendizagem, os tutores não podem esquecer de descartar problemas com a saúde do companheiro!
Fonte: Por Rafael Pinto | Vida de Cão
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