Cão ajuda no desenvolvimento de bebê com Down; leia essa e mais histórias
O
advogado Renato Waldomiro Liserre Jr, 43, de Campinas, tem um Golden
Retriever, o Branco, de três anos (presente da namorada, Simone
Sautchuk). "Como eu a chamo de Branca, dei o nome de Branco para o
cachorro. Ele é de uma raça que desperta a atenção das pessoas, que
acabam se aproximando para conversar. Foi assim que fiquei sabendo da
ONG Atec (Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por
Animais de Campinas). Lá, o Branco passou por exames e começou a atuar
como co-terapeuta. O primeiro caso dele foi uma menina de oito anos com
retardo mental. Foi como um preparativo para a chegada do meu sobrinho
Pedro, de um ano e três meses, que tem síndrome de Down" .
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O
advogado Renato Waldomiro Liserre Jr. conta que, por causa da síndrome
de Down do sobrinho, a família optou por não ter babá. Por isso, o
menino Pedro passa o dia na casa dos avós, enquanto a mãe trabalha. o
cão Branco também fica lá, no quintal. "Depois que levo minha filha para
a escola de manhã, passeio com ele e, em seguida, deixo o cachorro nos
meus pais. Em um feriado, viajei com o Branco e o Pedro não o viu
durante quatro dias. Meu afilhado sentiu a ausência dele no quintal.
Tanto é que a primeira palavra que disse foi "cadê", ao mesmo tempo que
gesticulava, levantando os ombros. Aos poucos, meus pais foram deixando o
Branco entrar em casa. E o Pedro vai atrás dele", conta o tio do menino.
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"Meu
sobrinho está aprendendo que, se jogar a bola para o cachorro, ele traz
de volta", conta o advogado Renato Waldomiro Liserre Jr. "A avó parou
de fazer a brincadeira uma vez e o Pedro tocou o braço dela, pedindo
para ela continuar. A figura do Branco funciona como um estímulo verbal e
motor para ele, que tem verdadeira paixão pelo cachorro".
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Elisabete
Barlach, de 56 anos, é psicóloga em São Paulo e tem duas gatas. "Tenho a
Sophia há 16 anos. Ela entrou na minha vida quando eu já morava sozinha
e se tornou uma baita companheira. Aprendi muito com ela. Minha gata me
ensinou a ter paciência, ser persistente e mais desconfiada, também.
Ela é danada, arisca e ciumenta".
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A
psicóloga Elisabete Barlach, de 56 anos, conta que achava que sua
primeira gata, Sophia, não queria outro animal por perto, mas acabou
percebendo que a resistência maior era dela, e não da felina. "No meu
Facebook chovem fotos de gatinhos perdidos, para adoção. Um dia, puseram
a da Valentina, que tinha sido achada na rua em dezembro do ano
passado. Foi assim que a adotei, ainda filhote"
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Elisabete
Barlach brinca que a segunda gata veio para estragar todos os móveis.
"É uma criança", diz. Mas também a ajudou a superar um momento muito
triste. "Perdi minha mãe, que tinha 80 anos, em julho de 2011, e, desde
então, tenho de cuidar do meu pai. Estava meio mal até a Valentina
chegar. Ela me fez voltar a dar risada",
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Margarida
De Donato, 75, é uma advogada aposentada de São Paulo. Há 20 anos, ela
teve um câncer no útero que se alastrou para o intestino. O tratamento
envolveu quimioterapia e radioterapia e ela precisou usar cadeira de
rodas e andar de bengala. "Caía, tinha medo, mas era algo mais
psicológico", conta. "Sou devota de São Francisco (protetor dos animais)
e, no dia do santo, uma ONG estava doando cachorros na igreja de São
Francisco, no centro de São Paulo". Foi quando ela adotou a Julieta, um
filhote de vira-lata, há seis anos. "Comecei a ver que ela precisava
passear. Saía com a Julieta de bengala mesmo. Daí, voltei a andar, fui
melhorando e até emagreci. Essa cachorra me deu a vida novamente"
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A
advogada Margarida De Donato diz que, depois de aposentada, ficou
deprimida, e sua cachorra Julieta passou a lhe fazer muita companhia. E,
mais do que isso: Julieta, que é adestrada, já a socorreu. "Um dia, caí
em casa. A Julieta tirou o interfone do gancho e latiu freneticamente. O
porteiro já sabe de antemão desse alerta e veio me ajudar a me
levantar". Há dois anos Margarida ganhou de presente um outro cão, da
raça whippet, que ela batizou de Segovia (por causa do violonista
espanhol Andrés Segovia). "A Julieta me reabilitou. Por isso, criei a
Amica, a Associação da Melhor Idade Para Proprietários de Cães
Adestrados. Quis provar que a terceira idade tem bastante vida por meio
da criação de um bicho, principalmente de um adestrado. Além disso, como
advogada, defendo casos de maus tratos contra animais e de tráfico"
A
administradora Célia Regina Garrido Lucas, 48, de São Paulo, não era
muito fã de gatos. "Tinha um pouco de medo. Achava que era um bicho
traiçoeiro". Mas, um dia, passando pelo jardim do prédio onde mora, algo
peludo e branco começou a roçar o pé dela. "Fiquei gelada. Mesmo com
receito de o gato pular na minha perna, tentei afagar. Subi e ele me
acompanhou pelas escadas, mas não deixei que entrasse. Depois de 40
minutos, minha filha chegou com minha neta, que disse: "Vovó, tem um
gato na sua porta". Ela deixou o bichano passar". Filha e neta foram
embora, mas o gato ficou. "Meu marido falou para eu pôr para fora, mas
tive dó. Saí e comprei caixa para a areia, ração, mas sem certeza de que
ia adotar"
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Mesmo
tendo medo, a administradora Célia Regina Garrido Lucas, acabou ficando
com o gato que apareceu no seu prédio. "Levei o Branquinho ao
veterinário, mandei dar banho, castrar", lembra. "Ele é superamigo, não
desgruda de mim. Conheço cada miado do Branquinho. Ele só dorme e brinca
comigo. Mudou totalmente minha vida". Hoje, ela acorda às 5h30 para a
abrir a porta para o bichano. No último Natal, ele quase morreu depois
de engolir um pedaço de um brinquedo. Precisou fazer uma cirurgia.
"Todos em casa viajaram e eu fiquei cuidando dele. Nem com filho foi
assim. Por causa da operação, ele não podia pular para não abrir os
pontos. Coloquei o colchão no chão por 30 dias para dormir e o
Branquinho não ter de se esforçar para subir na cama. Quando ele ia
saltar do sofá, eu o punha no chão. Montei um escritório em casa: virei
babá de gato". Para ela, a independência de Branquinho ensina a
importância de respeitar a liberdade. "Se o ser humano fosse assim, a
vida ia ser muito melhor"
Fonte:
Fábio de Oliveira*
Do UOL, em São Paulo
Fábio de Oliveira*
Do UOL, em São Paulo
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