O proprietário do pet shop “Creche SPA Cantinho do Animal”, médico veterinário Thiago Alves Chacha, será ouvido pela Polícia Civil nesta quarta-feira (4). Ele prestará esclarecimentos sobre a morte da cadela lhasa apso, Luly, que pertencia a Wania Ferreira, ocorrida após banho no pet shop, no dia 22 de agosto.
Laudo feito no hospital veterinário da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) aponta que a cadelinha, de cinco meses, “teve oito costelas quebradas e ruptura da cápsula do fígado e laceração na superfície do parênquima hepático em quase toda a extensão”.
De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (DECAT), Silvano Mota, o proprietário terá de responder sobre quem estava “atendendo” Luly e se há monitoramento de vídeo no local. Também será perguntado se, pelo suposto fato do banho ter sido adquirido através de compra coletiva, havia “funcionários extras” trabalhando no local, que não teriam o devido preparo para cuidar de animais.
“Ninguém que se propõe a trabalhar com animais iria trabalhar de maneira relapsa, causando uma morte tão imbecil e trágica”, pontua o delegado.
Segundo Silvano, a fiscalização de pet shops é feita pelo CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária). “Quando há alguma operação, eles chamam a delegacia para colaborar e garantir a integridade dos fiscais”, explica.
O fato foi registrado no artigo 32 da lei nº 9605/98, que diz sobre maus-tratos de animais silvestres domésticos, nativos ou exóticos, que prevê detenção de três meses a um ano e multa. Tramita no Senado o projeto de lei 236/12, que alterará o Código Penal e ampliará as penalidades, com penas mais rigorosas aos crimes contra animais.
Fonte:Capital News
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