Animal agredido na quinta-feira (29) sofreu queimadura de terceiro grau.
Pele começa a cicatrizar, diz voluntário de ONG que presta atendimento.
Cachorro atingido por água quente se recupera
lentamente (Foto: Matheus Mafepi/Arquivo pessoal)
lentamente (Foto: Matheus Mafepi/Arquivo pessoal)
“Ele está bem melhor do que quando chegou. A pele começa a cicatrizar, mas entre esta segunda ou terça-feira vou levá-lo ao veterinário porque a vista esquerda dele também foi afetada”, contou o comerciante Matheus Mafepi, que é dono de uma loja de pet shop e atua na ONG União Protetora dos Animais Riopardense (Unir).
Segundo ele, uma equipe da Polícia Ambiental foi ao local para avaliar a condição do cachorro. O resultado do laudo feito por um veterinário nesta semana será anexado ao processo contra a dona de casa que cometeu a agressão. Ele deverá responder por maus-tratos e abuso contra animais, além de pagar uma multa que pode chegar a R$ 3 mil.
Cão abandonado
Segundo Mafepi, o cão se chama Valente e foi abandonado pela família quando ela se mudou. “Uma vizinha me procurou e disse que escutava os donos chamá-lo por esse nome. Ela disse ainda que após a mudança a família abandonou dois cães no bairro”, contou.
Mafepi afirmou que ninguém na região tem informações sobre o paradeiro dos antigos donos, por isso o cão estará disponível para adoção logo que se recupere.
Cão foi abandonado por família que morava no
bairro (Foto: Matheus Mafepi/Arquivo pessoal)
bairro (Foto: Matheus Mafepi/Arquivo pessoal)
Quem estiver interessado em adotar o cão Valente, pode entrar em contato com Mafepi no telefone (19) 9427-8690 ou procurá-lo na loja em que trabalha na cidade em horário comercial.
Justificativa
A dona de casa que jogou água quente no cão tem 36 anos e mora há um ano no bairro. Ela, que prefere não se identificar, disse ao G1 que, desde que se mudou, cinco cães ficam diariamente na calçada em frente à casa e causam transtornos devido à sujeira de fezes e urina.
“Eu pintei o portão em março e já está todo enferrujado de tanto xixi. Todo mundo comete um erro quando é pressionado. Eu tenho uma cachorrinha vira-lata e nunca tratei mal. Para eu ter chegado a esse ponto é porque a situação já estava insuportável, foi um momento de raiva. Joguei a água para espantá-lo, mas me arrependo do que fiz”, contou.
A mulher relatou ainda que gatos entram frequentemente na casa dela e, por isso, o carro dela está todo arranhado. Ela afirmou também que chegou a pensar em buscar auxílio na Prefeitura, porque a situação estava insuportável. “Eu encontrei um conhecido que trabalha lá, expliquei a situação e perguntei o que fazer. Tinha até pedido o telefone da Zoonoses, mas na hora da raiva não consegui me conter”, relatou.
Animal atingido por água quente se recupera das queimaduras (Foto: Matheus Mafepi/Arquivo pessoal)
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário