Pelo menos dez cães e um gato foram envenenados no bairro Francesa no mês de julho
em Criciúma. Os animais receberam "chumbinho", agrotóxico proibido em muitos países
e facilmente encontrado nas agropecuárias brasileiras. Os donos registraram boletim de ocorrência na 2ª DP e a Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) irá denunciar
os crimes ao Ministério Público.
No domingo, por volta das 11h20min, Andréa Maria Elias ligou para a irmã Mariana
Martins de Souza dizendo que as duas cachorras de estimação (Miucha e Dafini)
tinham sido encontradas mortas. O marido, que acordou e viu os animais, enterrou
as duas cadelas para evitar a tristeza da esposa ao voltar do trabalho. Como Mariana
é vizinha de Andréia, ela foi até a casa da irmã para consolá-la e, quando voltou 15
minutos depois, o próprio cachorro (Tobi) estava babando e caído em frente ao portão.
— Eu tentei dar leite, ovo, mas ele não respondia mais. O 'olhinho' dele estava parado,
não conseguia respirar — lembrou Mariana.
Segundo ela, os casos ocorrem há um mês. Os moradores não têm um suspeito
específico, mas falam que a maior parte das pessoas residem há 20 anos no bairro.
A orientação de realizar um boletim de ocorrência foi do fiscal da Fundação do Meio
Ambiente de Criciúma (Famcri), Valmir Gomes, que irá encaminhar a denúncia ao
Ministério Público. Ele explica que a pena pode variar de três meses a um ano de
prisão, e a multa
pode ser de até R$ 500 por animal.
— É importante intensificar a fiscalização da venda dessas substâncias para evitar
crimes como estes — disse Valmir Gomes.
O que fazer:A tentativa de Mariana em dar leite ao animal envenenado pode piorar o
quadro: a substância pode fazer que o veneno seja absorvido mais rápido. O ideal é encaminhar o bicho com urgência ao veterinário. Deve-se observar a boca do animal
—se estiver queimada, o envenenamento pode ser sido por substâncias cáusticas. No
caso do "chumbinho", o bicho poderá ter hemorragias, babar, tremer e vomitar.
Informações sobre maus-tratos aos animais podem ser repassadas ao disque-denúncia
da Associação Protetora dos Animais de Criciúma (Apacri) pelo telefone 9637-5592.
Fonte:Diario Catarinense
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