Em um passo manso, mas decidido, felinos põem em risco o reinado dos cachorros
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A cat-sitter Luísa: tatuagem do vira-lata Nicolau (Foto: Lucas Lima)
Em paralelo, o mercado voltado aos bichanos evolui para dar conta da demanda. Há hotéis, babás, veterinários e adestradores especializados em seus cuidados. A multinacional Mars, por exemplo, que reúne empresas de ração como Whiskas e Royal Canin, aposta em inovações. “Nas próximas semanas, lançaremos nacionalmente uma nova marca, a Kitekat, para orçamentos mais reduzidos, além de outras linhas de petiscos”, afirma o gerente da categoria alimentos para gatos Eduardo Lima. Novos consumidores surgem a cada momento. É o caso da designer Suzana Carvalho, que há quatro meses adotou a filhote Dalila, seu primeiro animal de estimação — sem contar um peixinho recém-doado antes que fosse comido pela nova moradora do local. “Eu me surpreendi por ela ser tão carinhosa, pois achava que os gatos eram distantes”, conta a dona, que já encheu a casa de brinquedinhos.
Por isso, muita gente prefere a adoção. A maior ONG dedicada à causa, a Adote um Gatinho, conseguiu um lar para 5 460 animais em seus dez anos de existência. E esse número não para de crescer — hoje, existem 420 candidatos de olhinhos pidões disponíveis no site da organização. Isso acontece porque há muitos gateiros, apelido para quem gosta muito desses bichos, espalhados por aí. Um deles é Luísa Pinheiro, que tem boa parte de sua rotina voltada aos gatos. Em seu apartamento no Morumbi, ela cria quatro. Além disso, escreve um blog temático, é voluntária da ONG Confraria de Miados e Latidos e trabalha como catsitter, ou seja, quando os donos viajam ela vai até sua casa para limpar a caixa de areia, trocar a água, colocar ração e, claro, dar carinho aos animais. E ainda exibe uma tatuagem na costela com o desenho de seu gato mais velho, o vira-lata Nicolau. Ela confessa: “Eu era monotemática nas conversas. Melhorei um pouco, mas me assumo uma louca por gatos”.
COM AS GARRAS DE FORA
Cinco raças que estão em alta entre os criadores. Algumas delas podem custar até 3000 reais
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Bengal: aparência tigrada (Foto: Clube Brasileiro do Gato)
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Burmês: ativo e carinhoso (Foto: Clube Brasileiro do Gato)
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Maine coon: ele chega a 1,1 metro de comprimento (Foto: Clube Brasileiro do Gato)
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Persa: já não reina absoluto, mas ainda é um dos mais desejados (Foto: Clube Brasileiro do Gato)
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Sphynx: sem pelos (Foto: Clube Brasileiro do Gato)Fonte:
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